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Yemanjá é uma divindade do Candomblé, cujo culto remonta a uma região do Rio Yemoja (Yemanjá), na Nigéria, onde se tornou a orixá dos Egbá, uma nação iorubá.
Levada pelos escravos para o Novo Mundo, Yemanjá tornou-se muito popular em Cuba e no Brasil. Em nosso país, a deusa iorubana encontrou um campo fértil para se mesclar com valores de outros cultos africanos, com o fetichismo dos índios, com as crenças dos brancos e com os santos católicos.
Em função da simbiose, Yemanjá incorporou outros nomes, tais como: Mãe d’Água, figura presente no imaginário dos índios; Janaina, dos candomblés de caboclo (de influência indígena); e Sereia, da mitologia europeia. Os marinheiros propalavam seus irresistíveis poderes da sedução pelo canto e descreviam-na como sendo metade peixe, de cauda prateada, e metade mulher, de cabelos na tonalidade esverdeada e seios sensuais.
No Brasil, Yemanjá é a única dos orixás a ter festas públicas em sua homenagem. E a maior tem como palco a Cidade do Salvador, centrada na Praia de Santana, bairro do Rio Vermelho. Realiza-se no dia 2 de fevereiro, sob o comando dos pescadores da Colônia de Pesca Z-1, a mais antiga da Bahia e do Brasil. A Festa de Yemanjá, no Rio Vermelho, é o maior evento do mundo em honra à divindade que saiu de um rio nigeriano para ganhar o reino das águas salgadas.
Ubaldo possui dezenas de trabalhos centrados nas temáticas em que é especialista: turismo, cultura, história do Rio Vermelho, história dos charutos, histórias de Caramuru e Catharina Paraguassú, biografias familiares e empresariais. Das 21 obras editadas, 14 estão relacionadas com o Rio Vermelho.